A Petrobras estuda recomprar a Refinaria do Amazonas, pertencente à Atem, por US$ 257,2 milhões, pela qual foi vendida no final de 2022, durante o governo Bolsonaro.
O atual governo, em parceria com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), também busca recuperar a Refinaria de Mataripe, na Bahia, visando estabilizar suas operações e regular os preços na região Norte do Brasil. Neste momento, a Petrobras não manifestou oficialmente essas intenções.
Essas possíveis recompras refletem a estratégia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de centralizar a gestão da indústria de combustíveis no país. Desde que a Atem adquiriu a refinaria, os preços do gás liquefeito de petróleo vão aumentar, e uma paralisação para manutenção em maio levou a empresa a importar combustível, elevando ainda mais os custos.
Atualmente, a refinaria foca na logística de importação, com contratos significativos de manutenção. Marcus Ribeiro, do Sindipetro-AM, demonstrou preocupação com as perdas recentes de quase 40 trabalhadores e a falta de suporte adequado. Ele pediu que a Petrobras endosse o compromisso da Atem com uma refinaria, que tem capacidade para processar 46 mil barris diários, essencial para o Norte do Brasil.
A Atem afirma estar realizando uma ampla manutenção para se preparar para a estação seca, garantindo fornecimento contínuo.
Além disso, a Petrobras e a Acelen, da Mubadala, estão em negociações para recomprar a refinaria de Mataripe por US$ 1,65 bilhão. Esse movimento está alinhado às estratégias federais e ao interesse da Acelen em parcerias em energia renovável com a Petrobras.
Sob a presidência de Lula, a Petrobras está revertendo políticas de descentralização anteriores, como o cancelamento da venda da Lubnor por US$ 34 milhões devido a condições não atendidas. Recentemente, o Cade permitiu que a Petrobras mantivesse cinco refinarias que estava vendendo desde 2019.
O Sindipetro-AM também está processando a Refinaria do Amazonas e a ANP por produção não declarada de combustível, destacando problemas persistentes.