A Secretaria de Parcerias e Investimentos do Governo de São Paulo anunciou a rescisão da concessão da Linha 15-Prata do Metrô com o Grupo CCR. Apesar disso, a linha continuará operando normalmente, e uma nova licitação está em andamento.
Atualmente, a Linha 15-Prata transporta cerca de 115 mil passageiros diariamente e se conecta à Linha 2-Verde. A linha, cuja construção começou em 2009, está planejada para ter 18 estações e uma extensão de 26,6 quilômetros, com conclusão prevista para 2012 e um preço de 6,4 bilhões de reais. No entanto, a conclusão sofreu atrasos significativos, e apenas algumas estações foram inauguradas em 2018.
O Consórcio ViaMobility, do Grupo CCR, conquistou a concessão em março de 2019 sem concorrência. No entanto, disputas judiciais impediram o controle do consórcio. Uma ação movida pelo Sindicato dos Metroviários, que alegou irregularidades processuais, suspendeu temporariamente a concessão, embora essa suspensão tenha sido revogada em 2022. No entanto, a CCR não iniciou suas operações.
Atualmente, a linha opera com 11 estações ao longo de 11,6 quilômetros. Os planos de expansão incluem a adição das estações Boa Esperança e Jacu Pêssego até 2025, com aprovação obtida em dezembro de 2022.
Desde sua inauguração em 2015, a Linha 15-Prata enfrentou vários problemas operacionais. Os incidentes incluem uma rachadura grave no concreto em janeiro de 2023, uma colisão entre trens em março do mesmo ano (sem passageiros), uma quebra de componente em setembro de 2022 e uma explosão de pneu em fevereiro. Uma colisão semelhante em janeiro de 2019, causada por erro humano, resultou em fatalidades.
Além da Linha 15-Prata, a CCR opera outras importantes linhas de transporte e rodovias em São Paulo. A empresa não se opõe à rescisão do contrato e continua aberta a novas oportunidades.
O Metrô garantiu que os serviços da Linha 15-Prata e as obras de expansão continuarão conforme o planejado.