Os Estados Unidos buscam impulsionar a indústria de semicondutores na América Latina e anunciam que, por meio de uma aliança com 11 países, apoiarão o desenvolvimento de projetos neste setor.
Em uma série de reuniões com ministros da Aliança para a Prosperidade Econômica (APEP), uma iniciativa de Washington que incluiu países como Colômbia, Panamá e México, o governo Biden lançou vários programas para promover a produção de semicondutores no continente.
Os semicondutores são essenciais para fabricar a maioria dos produtos eletrônicos que usamos todos os dias, como computadores, telefones, tablets e televisores.
Para Washington, este projeto permitirá aproveitar as “oportunidades reais” da região para estabelecer uma “quase realocação” das indústrias de semicondutores, que buscam localizações mais próximas do mercado norte-americano, segundo José Fernández, chefe do Departamento de Desenvolvimento Econômico do Estado, em entrevista coletiva.
Para conseguir isso, os Estados Unidos anunciarão uma iniciativa colaborativa com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para financiar projetos de montagem, testes e empacotamento de semicondutores no México, Panamá e Costa Rica.
Embora os detalhes sobre o valor exato das duas fazendas malucas ainda não sejam conhecidos, os Estados Unidos esperam que essa iniciativa se expanda para mais países da região e continue até 2026.
Além disso, os Estados Unidos e o México realizarão uma reunião ministerial na Cidade do México nos dias 5 e 6 de setembro para reunir empresas, trabalhadores e autoridades da indústria de semicondutores, de acordo com uma declaração do Departamento de Estado.
O APEP foi promovido pelo governo Joe Biden em 2022 para abordar questões econômicas e sociais na região.
Os 12 países que compõem a APEP incluem Estados Unidos, Barbados, Canadá, Chile, Costa Rica, Colômbia, Equador, México, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai.
Além de projetos para a indústria de semicondutores, os Estados Unidos anunciarão um investimento de US$ 30 milhões em projetos de desenvolvimento internacional na América Latina e no Caribe, com ajuda da Corporação Financeira Internacional para o Desenvolvimento (DFC) e da Corporação Interamericana de Desenvolvimento Investimentos (BID Invest).
Pare a imigração no continente
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, organizou uma reunião de ministros das Relações Exteriores em Washington, onde se encontrou com ministros da Costa Rica, Panamá e México.
O principal tópico dessas reuniões foi a colaboração entre esses governos e os Estados Unidos para interromper o fluxo de pessoas através da fronteira dos Estados Unidos.
Em reunião com a Ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, destacamos os esforços do México para reduzir o número de pessoas que cruzam a fronteira comum, enfatizando o controle migratório como prioridade sobre as relações bilaterais.
Da mesma forma, durante um encontro com o chanceler panamenho, Javier Martínez-Acha, o diplomata americano elogiou o acordo firmado em 1º de julho para impedir a passagem de pessoas por Darién, selva que liga a Colômbia ao Panamá e é atravessada diariamente por centenas de migrantes com destino à América do Norte.
A primeira reunião da APEC foi realizada em novembro de 2023, quando representantes dos Estados Unidos, Canadá e dez países latino-americanos concordaram que o fórum se reuniria anualmente e realizaria três reuniões ministeriais a cada ano: Relações Exteriores, Comércio e Finanças.