Uma semana após receber aprovação do Senado, o projeto de lei que institui uma política nacional para produção de hidrogênio “de baixo carbono” ou “verde” no Brasil também foi aprovado pela Câmara dos Deputados e agora aguarda a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Após aprovação pela Câmara, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que o marco regulatório é um passo inicial crucial para garantir segurança jurídica no financiamento de projetos de hidrogênio no Brasil. O programa de hidrogênio foi um dos principais temas discutidos na reunião de Silveira com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) na sexta-feira.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, e com base em dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), já foram anunciados mais de 30 bilhões de dólares em investimentos para projetos de hidrogênio no Brasil. A maioria desses projetos ainda está em fase de estudo de viabilidade, com apenas memorandos de entendimento assinados por portos estaduais e governos.
No nível governamental, foram lançadas pelo menos cinco emissões totalizando 20,8 bilhões de reais (aproximadamente 13 bilhões de dólares) para projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) dentro da vertical de transição energética da nova política industrial, que incluiu projetos de hidrogênio verde. Esses recursos vêm principalmente de fundos governamentais de inovação, agências de fomento e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).